Páginas

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

SeMENTES apresenta: "Bicho de sete-cabeças"


Convido a todos para o nosso primeiro momento diferencial que acontecerá na próxima sexta-feira, dia 23 de setembro de 2011, às 13:00h, na Faculdade de Enfermagem (UFPA).

      "Bicho de Sete Cabeças é um filme brasileiro de 2001, um drama dirigido por Laís Bodanzky e com roteiro de Luiz Bolognesi baseado no livro auto-biográfico de Austregésilo Carrano Bueno, Canto dos Malditos. O filme teve grandes nomes no elenco como Rodrigo Santoro, Othon Bastos e Cássia Kiss. Ele conta a história de Neto, um jovem que é internado em um hospital psiquiátrico, após seu pai descobrir um cigarro de maconha em seu casaco. Lá, Neto é submetido a situações abusivas. O filme além de abordar a questão dos abusos feitos pelos hospitais psiquiátricos, também aborda a questão das drogas e a relação entre pai e filho. Bicho de Sete Cabeças foi amplamente aclamado de um modo geral, recebendo vários prêmios e indicações, dentre eles, o Prêmio Qualidade Brasil, o Grande Prêmio Cinema Brasil, e o Troféu APCA de 'Melhor Filme', além de ser o filme mais premiado do Festival de Brasília e do Festival do Recife. O filme abriu portas para uma nova maneira de pensar sobre as instituições psiquiátricas no Brasil e em torno disso foi aprovada pelo Congresso Nacional, uma lei que proíbe a construção dessas instituições."

Quem quiser acompanhar mais sobre o filme, segue o site oficial: http://bichodesetecabecas.com.br/

 
Esperamos todos vocês!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Equipe PET Saúde Mental UFPA partcipa de Jornada com a temática Interdisciplinariedade em Drogadição na Região Norte

PET com o Dr. José Manoel Bertolote

         Entre os dias 01 e 03 de Setembro bolsistas e voluntários do PET Saúde Mental UFPA participaram da X Jornada Norte de Psiquiatria que  aconteceu no auditório do Centro Universitário do Pará (Cesupa), onde o eixo dos debates deram-se em torno do tema: interdisciplinaridade em drogadição na região norte. Um tema muito oportuno levando em consideração os desafios postos para concretização de políticas públicas eficazes no combate ao uso de drogas em geral, e em particular o do crack que vem se alastrando pelo país e ceifando vidas e famílias pelo seu poder devastador de causar dependência. A conferência inicial "Política de Saúde Mental no Brasil nas Drogadições" proferida pelo Dr. J. M Bertolote abriu a jornada com uma esclarecedora exposição e analise da rede de atendimento existente hoje no Brasil, suas potencialidades e seus limites. O segundo dia foi marcado por atividades diversas, entre elas a mesa redonda “interdisciplianriedade em drogadição na região norte” com presença de atores diretamente envolvidos na discussão do tema como o Poder Legislativo, Ministério Público, Secretária municipal e estadual de saúde e comunidade terapêutica Nova Vida. Destaque para exposição da coordenadora de saúde mental da secretaria municipal de saúde a Dr.ª Maria do Rosário que transversalizou o debate de combate as drogas colocando em cheque o atual modelo de atendimento aos dependentes químicos, principalmente os adolescentes. O terceiro e último  dia foi concluído com o minicurso "Abordagem Interdisciplinar no uso, abuso e dependência de cocaína, crack e derivados de anfetaminas"  ministrado pelo Dr. Marco A. Bessa. 
         Ratificamos por fim a importância de eventos como estes acontecerem com freqüência para que possamos aprimorar nossos conhecimentos e fazer balanços dos passos dados em direção a concretização da poltica nacional de atenção a usuário de crack, álcool e outras drogas. 

Zaraia G. Ferreira e Thamyris A.Marinho
Bolsistas PET Saúde Mental UFPA

Equipe PET SM UFPA também no Facebook

            Devido o grande crescimento de usuários da internet na rede social Facebook, e ao interesse da equipe em levar informações a comunidade acadêmica sobre Saúde Mental e atualidades em drogadição, criamos nosso perfil no Face. " PET Saúde Mental UFPA". Esta é mais uma ferramenta para levar informação até vocês!

Clique em curtir e mantenha-se atualizado sobre nossas ações:


 Thamyris A. Marinho
Bolsista PET Saúde Mental UFPA
Acadêmica de Enfermagem da UFPA

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Crack colorido desbanca óxi entre usuários

fonte: São Paulo, domingo, 15 de maio de 2011 - Folha de São Paulo
No centro de SP, "Hulk" e "Capitão América" são as pedras tidas como mais potentes e em alta entre viciados.

ÓXI SE CONFUNDE COM OUTROS SUBPRODUTOS DO CRACK ENTRE OS USUÁRIOS NA CRACOLÂNDIA, APESAR DO CHEIRO DE SOLVENTE.
Eliane Trindade Apu Gomes
De São Paulo

Enquanto a polícia faz apreensões cada vez maiores de óxi, na cracolândia -reduto de usuários no centro de São Paulo- não há distinção entre o crack e o seu genérico, anunciado como mais potente, mais barato e mais devastador.  
Em alta na área está o "Hulk": uma pedra de crack verde, que teria pureza maior e efeito mais duradou- ro. O nome se refere ao herói dos quadrinhos que ganha superpoderes ao virar um gigante verde, o Incrível Hulk. Faz sucesso também a pedra vermelha, a "Capitão América". Para a polícia, o crack colorido é uma forma de o traficante enganar os usuários e aumentar o preço.
No mês passado, foram apreendidos 50 kg de crack rosa na Baixada Santista. "O traficante precisa encontrar um diferencial. Mudando a cor da pedra, ele convence o usuário de que seu produto é mais puro ou mais forte do que o do concorrente", afirma o delegado Reinaldo Correa, do Denarc (departamento de narcóticos).
Já o óxi é da mesma cor da pedra tradicional, entre o marrom e o amarelado. Feito da pasta base de cocaína acrescida de solventes como querosene e gasolina, o "bagulho novo" só é diferenciado por entendidos.
É o caso de Jennifer, travesti de 24 anos, oito deles entre idas e vindas na cracolândia. "Tive o privilégio de usar o óxi, porque os irmãos [traficantes] abriram pra mim", relata. "Bate uma adrenalina mais forte, mas o efeito vai embora rápido."
Jennifer dá a receita dos ingredientes que inala com o seu "fogãozinho dourado", um cachimbo feito com peça de fogão: "A gente queima pedra com bicarbonato, querosene, solução de pilha e de bateria de carro".
Usuários relatam que o óxi deixa um resíduo pastoso. Dizem sentir um odor de combustível. "Tem cheiro de gasolina, mas dependendo da mistura não dá para sentir tanto", explica Jennifer.
Por ser composto de ingredientes mais baratos que o bicarbonato de cálcio e o amoníaco usados no crack original, o marketing clandestino do óxi alardeia que a pedra é vendida a R$ 2. 

PREÇO TABELADO
          
No vaivém das ruas do centro de São Paulo onde centenas de usuários vagueiam diuturnamente, a pedra tem preço tabelado, independente da mistura: R$ 10. "Não tem pedra de R$ 2.
Por esse preço aqui só uma pipada ou um farelo e olhe lá", diz Cabral, o Velho, sentando na praça Júlio Prestes, no coração da cracolândia, na tarde da última quarta. "Pegaram mil papelotes de óxi, não vimos nem o cheiro", diz o homem magro, que aparenta uns 55 anos, sobre a mais recente apreensão. No muro em frente à praça, um grafite sintetiza o que são as pedras negociadas abertamente na área: "Nem tudo é o que parece", escrito ao lado do desenho de um Saci Pererê com o seu clássico cachimbo.
Nêga, apelido da mulata de corpo musculoso e sorriso largo e de boné, puxa papo: "Esse óxi não tá com nada. Bom mesmo é o "Hulk'". Esse é bagulho bom", confirma Cabral, sobre a pedra verde.